quinta-feira, 16 de junho de 2011

Por uma alegria maior

"Se você é casado e ama a sua esposa, e os dois são chamados para a obra de Deus, vocês morrerão, dia após dia, por um bem maior e uma alegria maior".

John Piper, Completando as aflições de Cristo, p.116.

terça-feira, 10 de maio de 2011

“God is God, and God is good“


Já faz dois anos, mas parece que foi ontem. Eu assentada nas cadeiras do Andrew Jumper para assistir aulas, quase não prestei atenção no aluno que chegava um pouco atrasado. A desatenção do primeiro dia foi compensada no restante da semana, impressionada com sua inteligência e educação, dei espaço à amizade.

Amizade distante (aproximadamente 4.000 km) mas que foi aproximada com a teologia, a boa música, as camisetas engraçadas, as piadas, a internet e o serviço de telefonia móvel. Em poucos meses o garoto de São Luís estava sendo apresentado aos meus pais e à minha igreja como meu namorado.

Nesse período, que durou um pouco mais de um ano, a relação foi amadurecida com momentos de alegria, momentos de tristezas e crises e principalmente com a convicção de que é a graça de Deus que sustenta um relacionamento. A partir dessa certeza veio o noivado e hoje, o garoto de São Luis, enquanto escrevo esse texto, dorme calmamente ao meu lado na cama, pois já caminhamos para quatro meses de casados.

Nesta data em que ele comemora 26 anos, tenho motivos para agradecer a Deus por sua vida e por permitir que ele esteja ao meu lado. Sou abençoada e santificada com sua convivência e com a maneira como ele conduz o nosso lar. Deus é assim, mesmo sem merecermos ele nos agracia com coisas maravilhosas demais para nós. “God is God, and God is good“.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

De quem é o espaço?

Estamos postando pouco, não? A ausência por aqui se dá pelo ritmo de início de casamento, aliado às outras atividades que desempenhamos - como o ministério na Igreja Presbiteriana do Renascença, e a plantação da Igreja Presbiteriana do Araçagy.

Até agora tudo tem caminhado bem. O maior desafio, de fato, é a organização do apartamento. O excesso de livros, os vários presentes para o lar (que recebemos de amigos e leitores!), e a pequena área do apê entram em conflito. E é aí que os testes começam.

Eu sempre prezei pelo meu espaço. Sem achar que eu exigia muito, queria apenas o meu cantinho em paz, para poder ler e escrever alguma coisa sem perturbação. Embora eu seja um pouco bagunceiro, certo nível de ordem era fundamental para que a concentração viesse, e a produção fosse possível.

E eis que me vejo casado, e com caixas e mais caixas de toalhas, pratos, potes, fôrmas, cabides, tapetes, livros, livros, livros e livros.

Dou uma olhada na bagagem. Passo os olhos pelo apartamento. Uma segunda encarada nas caixas.

Onde vai ficar esse negócio todo?

Aqui cabe uma digressão: o nosso apartamento [no qual eu morei sozinho por um ano e meio antes, e por isso já estava acostumado com certa rotina de coisas] possui algo em torno de 56 metros quadrados. Trata-se de uma pequena varanda que molha quando chove, uma sala, dois quartos, um banheiro e uma cozinha/área de serviço. Não há muito espaço.

Outra digressão: eu morei sozinho por todo o tempo mencionado acima, mas não havia comprado sequer um armário para guardar panelas e coisas do tipo. Montei umas prateleiras de plástico e me virei com aquilo (eu praticamente não cozinhava - apenas uma besteira de vez em quando).

As digressões acima são para demonstrar o ponto de que não havia espaço de sobra para as caixas, e nem uma cozinha organizada onde se pudesse guardar os potes-pratos-canecas-etc. Tudo deveria permanecer nas caixas, e ser guardado em algum lugar, até que comprássemos os móveis da cozinha.

A pergunta volta: Onde vai ficar esse negócio todo?

Quarto... não.
Sala... não.
Cozinha...não.
Escritório... escritório?

Era o lugar onde poderíamos guardar as coisas. E assim eu vi "o meu canto" se desfazer entre os meus dedos. O ambiente ficou tão cheio de caixas e aparente desordem, que se tornou difícil sentar em um ponto do quarto/escritório para estudar.

Obviamente isso gerou um desconforto, mas graças a Deus não houve discussões ou algo parecido por causa da "extinção do meu espaço".

O fato é que a idéia do "meu espaço" deveria agora ser repensada. Passei a compartilhar a minha vida com alguém, e, mesmo que não sejamos obrigados a fazer tudo juntos, a perspectiva solitária-individualista sofre alterações.

Mais do que isso: se eu fechasse a compreensão da realidade apenas no incômodo que eu sentia, não perceberia como isso também era doloroso para a minha esposa. Não ter uma cozinha organizada, nem onde colocar os utensílios, não ter como tirar seus livros das caixas para consultá-los, e olhar todos os dias para um quarto bagunçado era algo tão agoniante para ela quanto para mim.

A cozinha redimida
Com a graça de Deus, suportamos belos dois meses nessa situação. Nesta semana recebemos os móveis da cozinha, que já foram montados, e hoje passamos pelo cansativo, porém agradável processo de abrir as caixas, tirar os materiais, organizá-los na cozinha, limpar o escritório, redistribuir as estantes e livros, e amontoar as caixas para levá-las ao lixo.

O que eu aprendo com tudo isso? Eis a lista:

1. O casamento envolve abrir mão de elementos que sempre foram comuns a nós. Estar com alguém no matrimônio, é se dispor a compartilhar a vida, e deixar de lado itens que faziam muito sentido na vida de solteiro, mas que agora precisam ser repensados. Quem entra no casamento sem tal disposição, dificilmente conseguirá preservar a união por muito tempo. Isso nos faz pensar sobre o mandamento bíblico de o homem se unir à sua mulher e se tornarem uma só carne. A idéia de união é bem forte, de modo que a forma "solteira" de pensar precisa ser abandonada.

2. Liderar em amor envolve considerar o outro mais do que a si. Efésios 5 e 1 Pedro 3 falam sobre a liderança do homem no casamento, e ambos descrevem um tipo de liderança que ama, respeita, e trata a mulher com dignidade e carinho, considerando-a a parte mais frágil. Em termos práticos, isso significa que as dificuldades surgidas no contexto do casamento não devem ser observadas apenas sob a minha ótica - o que me incomoda exclusivamente. É importante que eu perceba como as mesmas questões afetam a minha esposa, a fim de perceber que algumas de minhas reclamações e críticas têm um poder destruidor, em vez de construir qualquer coisa boa no casamento.

3. Alguns problemas dependem de fatores externos para serem resolvidos, e por isso levam tempo. Eu não poderia acusar a minha esposa pelas caixas no escritório. Não poderia levantar irado todos os dias porque estava sem um lugar adequado para os estudos. Precisava compreender a situação, e exercitar a paciência, sem ser preguiçoso. Os passos para a resolução do problema seriam: (1) pesquisar os móveis da cozinha (planejados, modulares, etc); (2) comprar os móveis da cozinha; (3) pesquisar os móveis do escritório; (4) comprar os móveis do escritório e (5) tendo chegado cada parte, reorganizar o espaço a partir da nova realidade. O escritório ainda não foi comprado, mas o problema foi solucionado, pois ao retirar as caixas, conseguimos espaço para colocar algumas prateleiras no escritório, organizar vários livros nelas, além de termos uma bela cozinha, recheada de utensílios. Fazemos o que nos cabe, e aguardamos o que virá de fora.

4. As qualidades necessárias para o altruísmo, a paciência, o amor, são obra da graça. Nada do que foi relatado acima teria acontecido se Jesus não decidisse nos abençoar com amor e paciência. Por isso, mais do que qualquer exercício para solucionar problemas, a oração, leitura bíblica, e vida com Deus é fundamental. Precisamos ter Jesus no centro de nosso casamento.


Quando o meu espaço deixa de ser "meu", e passa a ser "nosso", a situação melhora. Quando o "nosso espaço", passa a ser "o espaço de Jesus"- "um lugar para a glória de Deus" [mesmo com muitas caixas e aparente desordem] - a redenção chegou.

sexta-feira, 18 de março de 2011

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Um Mês

Hoje, 28 de Fevereiro, fazemos um mês de casados. :)
Que Deus abençoe e continue sustentando nossa união.
A foto acima foi tirada ontem em uma comemoração feita carinhosamente pelas mulheres de nossa igreja.