quinta-feira, 16 de junho de 2011

Por uma alegria maior

"Se você é casado e ama a sua esposa, e os dois são chamados para a obra de Deus, vocês morrerão, dia após dia, por um bem maior e uma alegria maior".

John Piper, Completando as aflições de Cristo, p.116.

terça-feira, 10 de maio de 2011

“God is God, and God is good“


Já faz dois anos, mas parece que foi ontem. Eu assentada nas cadeiras do Andrew Jumper para assistir aulas, quase não prestei atenção no aluno que chegava um pouco atrasado. A desatenção do primeiro dia foi compensada no restante da semana, impressionada com sua inteligência e educação, dei espaço à amizade.

Amizade distante (aproximadamente 4.000 km) mas que foi aproximada com a teologia, a boa música, as camisetas engraçadas, as piadas, a internet e o serviço de telefonia móvel. Em poucos meses o garoto de São Luís estava sendo apresentado aos meus pais e à minha igreja como meu namorado.

Nesse período, que durou um pouco mais de um ano, a relação foi amadurecida com momentos de alegria, momentos de tristezas e crises e principalmente com a convicção de que é a graça de Deus que sustenta um relacionamento. A partir dessa certeza veio o noivado e hoje, o garoto de São Luis, enquanto escrevo esse texto, dorme calmamente ao meu lado na cama, pois já caminhamos para quatro meses de casados.

Nesta data em que ele comemora 26 anos, tenho motivos para agradecer a Deus por sua vida e por permitir que ele esteja ao meu lado. Sou abençoada e santificada com sua convivência e com a maneira como ele conduz o nosso lar. Deus é assim, mesmo sem merecermos ele nos agracia com coisas maravilhosas demais para nós. “God is God, and God is good“.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

De quem é o espaço?

Estamos postando pouco, não? A ausência por aqui se dá pelo ritmo de início de casamento, aliado às outras atividades que desempenhamos - como o ministério na Igreja Presbiteriana do Renascença, e a plantação da Igreja Presbiteriana do Araçagy.

Até agora tudo tem caminhado bem. O maior desafio, de fato, é a organização do apartamento. O excesso de livros, os vários presentes para o lar (que recebemos de amigos e leitores!), e a pequena área do apê entram em conflito. E é aí que os testes começam.

Eu sempre prezei pelo meu espaço. Sem achar que eu exigia muito, queria apenas o meu cantinho em paz, para poder ler e escrever alguma coisa sem perturbação. Embora eu seja um pouco bagunceiro, certo nível de ordem era fundamental para que a concentração viesse, e a produção fosse possível.

E eis que me vejo casado, e com caixas e mais caixas de toalhas, pratos, potes, fôrmas, cabides, tapetes, livros, livros, livros e livros.

Dou uma olhada na bagagem. Passo os olhos pelo apartamento. Uma segunda encarada nas caixas.

Onde vai ficar esse negócio todo?

Aqui cabe uma digressão: o nosso apartamento [no qual eu morei sozinho por um ano e meio antes, e por isso já estava acostumado com certa rotina de coisas] possui algo em torno de 56 metros quadrados. Trata-se de uma pequena varanda que molha quando chove, uma sala, dois quartos, um banheiro e uma cozinha/área de serviço. Não há muito espaço.

Outra digressão: eu morei sozinho por todo o tempo mencionado acima, mas não havia comprado sequer um armário para guardar panelas e coisas do tipo. Montei umas prateleiras de plástico e me virei com aquilo (eu praticamente não cozinhava - apenas uma besteira de vez em quando).

As digressões acima são para demonstrar o ponto de que não havia espaço de sobra para as caixas, e nem uma cozinha organizada onde se pudesse guardar os potes-pratos-canecas-etc. Tudo deveria permanecer nas caixas, e ser guardado em algum lugar, até que comprássemos os móveis da cozinha.

A pergunta volta: Onde vai ficar esse negócio todo?

Quarto... não.
Sala... não.
Cozinha...não.
Escritório... escritório?

Era o lugar onde poderíamos guardar as coisas. E assim eu vi "o meu canto" se desfazer entre os meus dedos. O ambiente ficou tão cheio de caixas e aparente desordem, que se tornou difícil sentar em um ponto do quarto/escritório para estudar.

Obviamente isso gerou um desconforto, mas graças a Deus não houve discussões ou algo parecido por causa da "extinção do meu espaço".

O fato é que a idéia do "meu espaço" deveria agora ser repensada. Passei a compartilhar a minha vida com alguém, e, mesmo que não sejamos obrigados a fazer tudo juntos, a perspectiva solitária-individualista sofre alterações.

Mais do que isso: se eu fechasse a compreensão da realidade apenas no incômodo que eu sentia, não perceberia como isso também era doloroso para a minha esposa. Não ter uma cozinha organizada, nem onde colocar os utensílios, não ter como tirar seus livros das caixas para consultá-los, e olhar todos os dias para um quarto bagunçado era algo tão agoniante para ela quanto para mim.

A cozinha redimida
Com a graça de Deus, suportamos belos dois meses nessa situação. Nesta semana recebemos os móveis da cozinha, que já foram montados, e hoje passamos pelo cansativo, porém agradável processo de abrir as caixas, tirar os materiais, organizá-los na cozinha, limpar o escritório, redistribuir as estantes e livros, e amontoar as caixas para levá-las ao lixo.

O que eu aprendo com tudo isso? Eis a lista:

1. O casamento envolve abrir mão de elementos que sempre foram comuns a nós. Estar com alguém no matrimônio, é se dispor a compartilhar a vida, e deixar de lado itens que faziam muito sentido na vida de solteiro, mas que agora precisam ser repensados. Quem entra no casamento sem tal disposição, dificilmente conseguirá preservar a união por muito tempo. Isso nos faz pensar sobre o mandamento bíblico de o homem se unir à sua mulher e se tornarem uma só carne. A idéia de união é bem forte, de modo que a forma "solteira" de pensar precisa ser abandonada.

2. Liderar em amor envolve considerar o outro mais do que a si. Efésios 5 e 1 Pedro 3 falam sobre a liderança do homem no casamento, e ambos descrevem um tipo de liderança que ama, respeita, e trata a mulher com dignidade e carinho, considerando-a a parte mais frágil. Em termos práticos, isso significa que as dificuldades surgidas no contexto do casamento não devem ser observadas apenas sob a minha ótica - o que me incomoda exclusivamente. É importante que eu perceba como as mesmas questões afetam a minha esposa, a fim de perceber que algumas de minhas reclamações e críticas têm um poder destruidor, em vez de construir qualquer coisa boa no casamento.

3. Alguns problemas dependem de fatores externos para serem resolvidos, e por isso levam tempo. Eu não poderia acusar a minha esposa pelas caixas no escritório. Não poderia levantar irado todos os dias porque estava sem um lugar adequado para os estudos. Precisava compreender a situação, e exercitar a paciência, sem ser preguiçoso. Os passos para a resolução do problema seriam: (1) pesquisar os móveis da cozinha (planejados, modulares, etc); (2) comprar os móveis da cozinha; (3) pesquisar os móveis do escritório; (4) comprar os móveis do escritório e (5) tendo chegado cada parte, reorganizar o espaço a partir da nova realidade. O escritório ainda não foi comprado, mas o problema foi solucionado, pois ao retirar as caixas, conseguimos espaço para colocar algumas prateleiras no escritório, organizar vários livros nelas, além de termos uma bela cozinha, recheada de utensílios. Fazemos o que nos cabe, e aguardamos o que virá de fora.

4. As qualidades necessárias para o altruísmo, a paciência, o amor, são obra da graça. Nada do que foi relatado acima teria acontecido se Jesus não decidisse nos abençoar com amor e paciência. Por isso, mais do que qualquer exercício para solucionar problemas, a oração, leitura bíblica, e vida com Deus é fundamental. Precisamos ter Jesus no centro de nosso casamento.


Quando o meu espaço deixa de ser "meu", e passa a ser "nosso", a situação melhora. Quando o "nosso espaço", passa a ser "o espaço de Jesus"- "um lugar para a glória de Deus" [mesmo com muitas caixas e aparente desordem] - a redenção chegou.

sexta-feira, 18 de março de 2011

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Um Mês

Hoje, 28 de Fevereiro, fazemos um mês de casados. :)
Que Deus abençoe e continue sustentando nossa união.
A foto acima foi tirada ontem em uma comemoração feita carinhosamente pelas mulheres de nossa igreja.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Assista o casamento online!

O casamento ainda não começou, mas a transmissão já está valendo!

Para acessar, clique abaixo, ou digite no seu navegador o endereço: http://pt-br.justin.tv/iorocha

Watch live video from Casamento Allen & Ivonete on Justin.tv

Você estará em nosso álbum!

Olá pessoal,

Alguns grupos de amigos e conhecidos estão tendo a excelente idéia de se reunirem para assistir ao casamento de AlleNet online.

Há quem diga que vai até usar os trajes de quem vai à igreja, mas certamente com maior conforto, e talvez uma pipoquinha.

Pois bem, sabendo dessa idéia, queremos encorajar estes e quantos outros grupos mais quiserem se unir para assistir juntos ao culto! Será uma experiência interessantíssima!

E para completar o pacote, pedimos que todos os que assistirem a transmissão online, quer sozinhos, quer em grupo, registrem esse momento com uma ou várias fotografias.
Em seguida, enviem-nos as suas fotos, e elas estarão ao lado das que mostram quem esteve conosco. Tudo isso pra deixar claro que vocês estiveram conosco, ainda que virtualmente!

Um grande abraço, e não deixem de fotografar e enviar. Se houver alguma dúvida quanto ao envio, é só fazer contato via comentário aqui no blog.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Casamento chegando...

Olá, pessoal,

O casamento está bem aí! Ao longo desta semana temos acertado os últimos ajustes, como prova de roupas, contatos com as pessoas que nos ajudarão no culto, e outras burocracias mais.
Ontem à noite - como vocês podem perceber no post abaixo - fizemos os testes para a transmissão do casamento via Justin.TV, e graças a Deus, deu tudo certo!

Assim, queremos renovar o convite! Se você mora em Brasília ou proximidades, esteja conosco na Igreja Presbiteriana Central do Gama, neste sábado, às 17h (Horário de Brasília). Se você está em qualquer outra parte do Brasil ou do mundo, compartilhe este momento conosco acessando o nosso blog. Aqui ficará o link para o canal do Justin.TV que transmitirá o culto.

Atenção para o horário. Se você adota o horário de verão (Centro-Sul do Brasil), acesse às 17h. Se você mora no Norte ou Nordeste do país e não está no horário de verão, acesse o site às 16h.

Temos o acesso à internet limitado nesta semana, por isso postamos pouco, mas após o casamento, o EuCaso.com continua, com reflexão Teorreferentes sobre a vida a dois, para aqueles que pretendem embarcar nela, e para os que jã estão navegando.

Orem por nós.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como o calvinismo pode salvar seu casamento

Também publicado no 5calvinistas

O título do post engana. Não se trata de um artigo para pessoas com casamento em crise - embora possa ser aplicado nesse contexto. Não tenta descrever o calvinismo como um método de "terapia conjugal", mas descreve elementos do pensamento reformado que possibilitam uma vida a dois mais saudável.

Estou às vésperas do casamento - exatamente a 9 dias dele. E por isso é natural que minha mente esteja voltada para o assunto. Minhas leituras também.

Enquanto leio e reflito sobre os autores reformados que escrevem sobre o casamento e a vida em família, como C. J. Mahaney, Paul Tripp, Martyn Lloyd-Jones e Augustus Nicodemus Lopes, percebo que existe uma maneira distinta do calvinista observar o matrimônio. Que elementos, então, tornam o calvinismo melhor preparado para abordar o casamento e a vida em família? Listo alguns:

1. O calvinismo observa a realidade a partir da tríade Criação-Queda-Redenção

Existe um modo peculiar do pensamento reformado encarar a realidade. Agostinho, Calvino, Kuyper, Herman Dooyeweerd e Francis Schaeffer são exemplos de uma linhagem calvinista que produziu bastante a partir desse modo de perceber o mundo e a história. Por meio do pensamento deles, somos confrontados com uma visão integrada e completa dos fenômenos - obviamente, não perfeita. Em vez de um ferramentário dicotômico (ao estilo matéria x forma, ou natureza x graça), o pensamento calvinista lida com o casamento usando instrumentos adequados - percebe que o homem foi criado sem pecado, e o casamento foi instituído ainda em um tempo de pureza e plenitude. Compreende que o homem pecou, e os efeitos do pecado foram cósmicos - por isso o casamento apresenta lutas e dificuldades. Crê que existe redenção na obra de Jesus, que restaura o homem como um todo, resgatando o significado do casamento, o amor, e as virtudes que possibilitam a vida a dois.

Sem fantasiar sobre a realidade, ou fugir da tentativa de compreendê-lo, o calvinista possui um quadro de referência que permite uma análise cautelosa e verdadeira das crises conjugais, bem como o conhecimento do "lugar" onde tais questões encontram luz e solução. [Na verdade é uma pessoa, não um lugar].

2. O calvinismo compreende a depravação do coração humano

Uma aborgadem comum de problemas conjugais tentará identificar "causas" em objetos ou circunstâncias. A TPM, o estresse, a roupa, a falta disso ou daquilo, será identificado como "o problema a ser resolvido". Com tal diagnóstico, o tratamento será um mês de férias, a diminuição do ritmo de trabalho, a mudança de alguns hábitos, etc. Provavelmente algum resultado positivo será obtido nas primeiras semanas, mas logo se perceberá que o problema, se não retornou como antes, foi "realocado" para uma área próxima.

O calvinista compreende que o problema central no casamento não são as circunstâncias. Elas apenas criam ocasiões para transbordar o que está no coração humano. Assim, o foco do tratamento deve ser o coração.

A antropologia reformada permite compreender a questão central que direciona todos os outros problemas surgidos no contexto do casamento - o pecado no coração do homem. No calvinismo existe um diagnóstico correto, o que permite o tratamento devido.

Como reformado, eu deveria reconhecer que o problema no meu casamento é o meu coração - sou eu.

3. O calvinismo enfatiza a soberania e providência de Deus

Enquanto outras correntes do cenário cristão buscam salvaguardar o livre-arbítrio humano, e assim tentam limitar pelo menos um pouco a atuação Divina, o calvinismo proclama, sem reservas, o governo absoluto de Deus sobre todas as coisas.

Nada surpreende o Senhor, nada foge de Seus decretos. Nada frustra os Seus planos e nada (nem ninguém) resiste à Sua vontade. Deus é soberano. Perfeita e plenamente Senhor sobre os céus e a terra, bem como sobre todos os que neles habitam. O Seu governo se estende do elemento mais simples ao mais complexo, da situação mais singela à mais difícil.

No contexto do casamento, a fé na soberania e providência de Deus traz conforto e segurança. As piores lutas não estão fora do controle do Senhor, e não passam despercebidas por Ele. As maiores alegrias também são desfrutadas a partir do reconhecimento de que há um "dedo" Divino nisso tudo.

A fé na soberania de Deus nos dá o maior de todos os recursos na luta contra o pecado da ansiedade - o olhar para o Senhor de tudo, e clamar a Ele. Não há luta que Ele não possa resolver.

4. O calvinismo ressalta o propósito da existência humana: a glória de Deus

A máxima calvinista grita alto: "Soli Deo Gloria!". O Catecismo Maior de Westminster responde: "o fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre". Está cristalizada na tradição reformada a noção da glória de Deus como o fator que dirige a vida humana. Ecoando o apóstolo Paulo, os reformados dizem que as coisas são feitas "para o louvor da Sua glória" (Ef.1.12), e que devemos "fazer tudo para a glória de Deus" (1Co.10.31).

Na vida conjugal, tal noção indica que o casamento é mais sobre Deus e Sua glória do que sobre a união de duas pessoas. O matrimônio é melhor vivido quando a sua Teorreferência é deliberada e contínua. Deus é o centro. A Ele a glória.

Isso significa que, no conflito de opiniões, a busca de satisfação pessoal - como se a minha glória fosse o mais importante - deve ser colocada em segundo plano, diante da tentativa de glorificar a Deus na resolução de conflitos e na tomada de decisões. Obviamente, como o coração do homem está comprometido, várias serão as vezes em que os calvinistas não cumprirão este propósito. Mas eles têm um alvo, uma confissão. Eles caminham para isso, e por isso lutam.

O credo calvinista reserva a Deus o lugar mais importante na vida a dois. Ninguém mais é tão relevante, nem os noivos, nem os familiares, nem os filhos. Ninguém além do Senhor.

Ad infinitum (?)

Cada um dos pontos do calvinismo, ou dos solas, ou dos símbolos de fé, poderia gerar um elemento que distingue o calvinismo e possui aplicações para o casamento. Alguns argumentarão aqui que muitos dos princípios que destaquei são partilhados tanto por calvinistas, quanto por não-calvinistas. Eu não criaria confusão com isso. Posso concordar que alguns dos pontos mencionados são, de fato, abraçados por irmãos não-reformados. A questão é que, fora do conjunto de pressupostos do pensamento calvinista, esses pontos estão soltos e mal explicados. Fora do contexto no qual eles são integrados e fazem sentido, perdem força - embora ainda tenham alguma.

Por isso penso ser o calvinismo distinto no casamento. Ele pode salvar a vida a dois, na medida em que trabalha com pressupostos e princípios fundamentais para promover a humildade no trato com o outro, o reconhecimento da incapacidade pessoal, a dependência da ação Divina, e o objetivo correto de se unir eternamente a alguém.

Soli Deo Gloria.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Casar

Escutem e meditem nessa linda letra do Atilano Muradas.



Casar é muito bom, você vai ver.
Não é um mar de rosas, nem prisão.
Tem horas de paixão, tem horas de sofrer.
Compensa, é bem melhor que a solidão.
Não tem que ser igual ao de seus pais.
Não tem que ser melhor que o de ninguém.
Só tem que ser vocês
Do jeito que Deus fez.
Cedendo um pouco aqui e ali.
Casar é muito bom, você vai ver.
Não é lua-de-fel, nem só xodó.
Tem horas de entender, tem horas de prazer.
Contudo, é bem melhor que viver só.
Não tem que ser modelo e perfeição.
Porém, dê todo amor que você tem.
Não deixe de dizer :
I love you, minha flor;
Não deixe de zelar do seu amor.
Casar é muito bom, você vai ver,
Quando se está disposto a crescer.
Tem hora de ouvir, tem hora de falar.
Respeito e compreensão vão ajudar.
Casar é mais do que viver a dois.
Casar é aprender até morrer.
É ter um só Senhor,
Viver prazer e dor.
Casar é investir no grande amor.
Casar. Casar é investir no grande amor.
Casar. Casar é investir no grande amor.
(É) Casar é investir no grande amor.
Casar é muito bom, quem vai querer ?


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Recuar no casamento é receita para o desastre

Artigo escrito por Albert Mohler, traduzido por Júlio Severo, e publicado no Notícias Pró-Família
Se você estivesse determinado a condenar uma população à pobreza e a muitas outras patologias sociais, como você faria isso? Se seu trama é estender os efeitos dessas patologias e sofrimentos para sucessivas gerações, quais seriam seus planos? A resposta a ambas as perguntas é óbvia. Basta apenas colocar o casamento à margem da sociedade.
Os economistas nos dão a informação de que o déficit de poder econômico dos solteiros em comparação com os casados chega a 75 por cento. Os solteiros são menos saudáveis, menos ricos e menos estáveis em relacionamentos em comparação com os casados. E, o que não é surpresa para ninguém, os maus efeitos dessa condição se estendem diretamente aos filhos de uniões sem casamento e até as gerações que virão.
Em outras palavras, é difícil imaginar uma conspiração para trazer danos e infelicidade para vidas humanas que se compare, em termos sociais e econômicos, à marginalização do casamento.
Medite nisso ao considerar outra dimensão desse quadro. Durante a maior parte do século passado, temos estado preocupados com o fato de que as elites culturais e intelectuais se distanciaram da instituição do casamento. Começando na década de 1920, os americanos com educação mais elevada se distanciaram do compromisso conjugal. Em contraste, a classe média se apegou resolutamente ao casamento, tanto em termos institucionais quanto morais. Os americanos da classe média e aqueles de níveis econômicos mais baixos tendiam a se casar, permanecer casados e ter filhos só dentro da instituição do casamento.
No entanto, numa reversão assombrosa desses compromissos, os americanos que têm mais dinheiro e educação acadêmica têm agora mais probabilidade de se casarem, permanecerem casados e terem filhos só dentro do casamento. Num dos grandes acontecimentos trágicos e inesperados de nossos tempos, os americanos com menos educação têm agora muito menos compromisso com o casamento do que no passado recente e menos compromisso ainda com o casamento do que as elites educadas.
Conforme explicam agora os pesquisadores, aqueles que têm um nível moderado de educação (um diploma colegial e que talvez tenham estudado numa universidade, mas não se formaram) são agora os que estão cada vez mais se distanciando do casamento. A mudança enorme em compromisso moral e institucional com o casamento é uma tragédia de proporções épicas se revelando diante de nossos olhos, mas está agora em curso avançado.
No livro “When Marriage Disappears: The New Middle America” (Quando o casamento desaparecer: a nova classe média dos EUA), um excelente grupo de pesquisa fornece ampla documentação dessa tragédia. A cada ano, o Projeto Nacional de Casamento da Universidade da Virginia e o Centro de Casamento e Famílias do Instituto de Valores Americanos divulgam um relatório intitulado “The State of Our Unions” (A situação de nossas uniões). Esse relatório mais recente, divulgado neste mês, oferece uma olhada entristecedora na marginalização do casamento entre americanos que tinham sido no passado os mais ferrenhos defensores do casamento tanto na teoria quanto na prática. O que foi que aconteceu?
Os Estados Unidos agora enfrentam uma “lacuna de casamento” que só dá para se descrever em termos sombrios. As pessoas com um nível moderado de educação agora têm menos probabilidade de se casarem, permanecerem casadas e reservarem filhos para o casamento. Esses americanos agora têm menos probabilidade de formarem casamentos permanentes, enquanto os que têm um nível mais elevado de educação têm agora mais probabilidade de se casarem. Para os americanos com um nível moderado de educação que casam, seus casamentos estão agora declinando em medidas de qualidade e estabilidade. Os índices de divórcio são agora mais baixos para os que têm maior nível educacional e são mais elevados para os que têm um nível moderado de educação. A classe média que tem um nível moderado de educação tem agora, “de forma dramática, mais probabilidade do que os americanos com nível elevado de educação de terem filhos fora do casamento”.
Os nascimentos fora do casamento para as pessoas com nível elevado de educação atingem agora a faixa dos 6 por cento. Compare isso com os 44 por cento para as mães com educação moderada e 54 por cento para as mães com o nível mais baixo de educação. Os filhos das pessoas com maior educação têm agora mais probabilidade de viverem com ambos os pais biológicos do que os filhos da classe média que tem educação moderada. Conforme observam os pesquisadores, os padrões que devastaram as populações urbanas e de minorias em décadas recentes agora se alastraram para os subúrbios e para a classe média dos EUA.
Conforme explica W. Bradford Wilcox da Universidade da Virginia:
Os números são claros. Para onde quer que olhemos entre as comunidades que compõem o fundamento da classe média dos EUA — quer o Maine de pequenas cidades, os subúrbios de classes operárias do sul de Ohio, as terras cultivadas do Arkansas rural ou as cidades industriais da Carolina do Norte — os dados contam a mesma história: O divórcio está crescendo, ter filhos fora do casamento está se alastrando e a felicidade conjugal está cada vez mais escassa.
Kay S. Hymowitz alertou acerca desse desastre iminente em seu livro de 2006, “Marriage and Caste in America: Separate and Unequal Families in a Post-Marital Age” (Casamento e casta nos Estados Unidos: Famílias separadas e desiguais numa era pós-matrimonial). Agora, menos de uma década mais tarde, o distanciamento da classe média do casamento está ocorrendo diante de nossos olhos.
Os pesquisadores sugerem que a grande “mudança de opinião e atitude” acerca do casamento dentro da classe média remonta a três acontecimentos. Primeiro, muito embora os que têm nível moderado de educação tenham tradicionalmente sido mais conservadores em questões morais relativas ao casamento, eles estão agora cada vez mais permissivos em termos de moralidade social e sexual. Numa virada grande e irônica, os que têm nível elevado de educação estão entrando nos padrões conservadores, ao mesmo tempo em que a classe média está ficando mais permissiva.
Segundo, essa nova permissividade significa que esses americanos têm agora mais probabilidade de se envolverem em condutas “que colocam em risco suas possibilidades de alcançar sucesso matrimonial”. Essas condutas incluem múltiplos parceiros sexuais e infidelidade conjugal.
Terceiro, os americanos com educação moderada têm agora significativamente menos probabilidade de adotar os “valores e virtudes” que se exigem para se ter sucesso matrimonial. Os pesquisadores apontam para abstinência de álcool, gratificação demorada e aspiração educacional como exemplos dessas virtudes que estão desaparecendo. O casamento depende de um alicerce moral, e sem essas virtudes (e outras), é muito difícil sustentar o casamento.
Adicione a tudo isso outra descoberta sinistra. Desde 1970, os americanos com educação moderada têm experimentado a queda mais significativa na frequência a reuniões cristãs. Nas palavras do relatório, “Durante mais de 40 anos, então, a classe média dos EUA perdeu a vantagem religiosa que tinha sobre seus concidadãos de nível de educação mais elevado”.
Essa descoberta tem apoio de dados de igrejas e denominações. As décadas de crescimento enorme de igrejas nos subúrbios dos EUA cederam a um terreno acidental muito mais complexo e difícil — e a marginalização do casamento está ligada a esse fenômeno também.
Em termos de dimensão religiosa, esse é o ponto máximo que “When Marriage Disappears” (Quando o casamento desaparecer) irá nos levar. É claro que os cristãos terão muito para contribuir para esse quadro. Sabemos que o casamento, embora fundamental para a sociedade humana, não foi dado para a humanidade por razões puramente sociológicas. O casamento foi dado por nosso Criador, que nos concedeu graciosamente essa instituição de aliança para nossa saúde, nossa felicidade e nosso florescimento humano. Além disso, os crentes sabem que o casamento nos foi dado para nossa santidade também.
Portanto, por razões que incluem tudo o que podemos aprender com esse relatório, e por muito mais que sabemos a partir das Escrituras e da sabedoria cristã, os cristãos sabem que a marginalização do casamento só poderá levar à infelicidade, doenças e o descosturamento dos relacionamentos humanos.
Não temos escolha, a não ser olhar para essa documentação com toda a sinceridade. Será que diante de nossos olhos não estamos assistindo ao desaparecimento do casamento para muitos?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que penso e sinto às vésperas do casamento

 [trecho do artigo "Um 2011...diferente", publicado no BJC. Para ler o artigo integral, clique aqui]


2. A mudança de estado civil
Comecei 2010 como solteiro. Começo 2011 a caminho do altar - ainda em Janeiro celebrarei o matrimônio com a blogueira do IvoneTirinhas, do lado de quem edito o EuCaso.com.
Obtendo habilitação para casar
Mudar de estado civil - de solteiro para casado - é entrar em um novo universo, cujas formas apenas foram vislumbradas de longe, no namoro e noivado. Creio, evidentemente, que a semente do casamento está no namoro, de modo que aquele é a elevação deste à última potência. Mas ainda assim, e considerando um relacionamento vivido a aproximadamente 2028 Km de distância, a realidade do casamento e da convivência revela aspectos até então inexplorados - sejam ruins, ou bons.
Finalmente estaremos na mesma cidade. Mais do que isso: finalmente estaremos na mesma casa (apartamento, para ser mais exato).
Se você deseja entender um pouco da minha sensação enquanto penso sobre tal mudança, basta pensar que será também desafiador conviver tão de perto - e para sempre - com alguém, mas finalmente poderei ver o rosto por trás das entonações de voz, as lágrimas escondidas sob o som do choro, o sorriso que o insensível(!) celular me esconde, e o perfume que a distância faz questão de dissipar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A Beleza e a Intregralidade do Cristianismo

Uma das coisas que mais me fascinam no Cristianismo é a sua integralidade. O Cristianismo não é meramente uma religião, ele é um sistema de vida.
No que diz respeito aos relacionamentos por exemplo, o Cristianismo tem propostas concretas, não apenas para satisfazer sentimentos egoístas do nosso coração, mas propostas de crescimento, de amadurecimento como ser íntegro, ou seja, inteiro, completo.
Para a maioria das pessoas, o casamento é algo furado, já fadado ao fracasso. Eu, que gosto muito de camisetas engraçadas, ao passar por uma loja, verifiquei que todas as que se referiam ao casamento, eram com alguma frase de chacota. Isso reflete a sociedade que não acredita no casamento.
Para quem está no meio cristão é diferente. Quando mencionei para as pessoas que iria me casar, elas foram unânimes em dizer: "Casa mesmo, casar é muito bom! Foi uma das melhores coisas que já fiz." É muito bom e muito estimulante ouvir isso, em uma sociedade como a nossa, em que os divórcios se multiplicam cada vez mais.
Recentemente, recebemos de nossos amigos muitos votos. Não apenas votos de felicidade, mas votos de quem acredita no casamento, como instituição. Fui agradecer a uma amiga, que nos presenteou e ela disse: "Essa é uma forma de dizer que acreditamos nessa união". Isso me emocionou, me deixou sem palavras diante da beleza e da integralidade proporcionada para quem vive o Cristianismo.