segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Passione

Sim, eu assisto às novelas. Tirando o fato de que tal prática pode virar um vício e tornar-se pecado, eu acho interessante acompanhar algumas cenas e capítulos. Primeiramente eu não enxergo a novela como uma simples futilidade, eu gosto da teledramaturgia, como arte. Há também o fato, e esse é o mais importante, de que a novela é produto cultural, sendo assim, passível de crítica, de análise teorreferente. A novela é uma história, e quem escreveu a história, coloca nela seus pressupostos. As pessoas que estão a sua volta podem até dizer que não, mas também assistem às novelas, por isso, eu prefiro assistir e ajudar os outros a analisarem biblicamente, do que não assistir ou simplesmente beber da cultura como um glutão que engole de tudo de maneira passiva. A novela reflete os valores da sociedade e a sociedade reflete os valores da novela. Um exemplo, é a novela que a Rede Globo está exibindo, a das 21h, chamada Passione. A visão de mundo presente na novela é que o amor ou a paixão está acima de tudo, inclusive do nosso controle. Não podemos controlar o sentimento, não podemos "mandar no coração". O sentimento de amor é tão forte que justifica o envolvimento com pessoas de caráter duvidoso, adultério e até mesmo bigamia.
Quando você conversa com algumas pessoas, verifica que esse pensamento é bem presente, inclusive entre cristãos, e soa até como bonito, como aceitável. A ideia é que em nome do amor, tudo pode ser feito, não importa a estrutura, se existe amor, posso dá a direção que melhor me parecer.
Mas será que a Bíblia apresenta o amor como um sentimento incontrolável, irracional? Será que o amor justifica tudo? Será que o amor, como apresentado na telinha, é de fato o amor verdadeiro?
Pretendo responder à essas inquietações nos próximos posts.

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